sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A PORÇÃO A ELE DESTINADA


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''Repórter -- A castidade depende do matrimônio?
 
Lutero -- Exceto alguns casos raros, não é possível manter- se casto fora do casamento, pois carne e sangue sempre são carne e sangue, e a inclinação e excitação naturais operam sem barreira desimpedidas conforme cada qual vê e  sente. Por isso, a fim de que fosse tanto mais fácil evitar em certa medida a incastidade. Deus ordenou o estado matrimonial de modo que cada um tenha a porção a ele destinada e com ela se contente. É verdade que se requer, além disso, a graça de Deus, para que também seja  casto o coração. 2
 
 
Repórter -- Desculpe-me perguntar: o doutor tem a sua porção?
 
Lutero -- Tenho. É uma ex-freira chamada Catarina von Bora, 15 anos mais nova do que eu. Eu era um quarentão quando me casai com ela em junho de 1525.
 
 
Repórter -- O doutor se contenta com ela?
 
Lutero -- Não há ligação mais doce do que a de um matrimônio feliz, e não há separação mais amarga do que a de um matrimônio feliz. A maior dádiva de Deus é uma esposa piedosa, resoluta, temente a Deus e como dotes domésticos. Graças a Deus, tal me foi concedido. Eu a considero mais do que o reino da França ou o domínio dos venezianos . Minha Catarina me é mais útil do que eu ousara pensar''.
 
 
2 Id. Ibid. p. 368
 
(Extraído do Livro:  Conversas Com Lutero -- história e pensamento- Elben M. Lenz César; capítulo 20 Lutero e Castidade, p. 158)
 
 
 




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