Lamento, desabafo de uma mulher esgotada, aflita, entristecida, esvaziada...
''Senhor, não sei mais ir, não sei mais chegar; não sei mais viver; não sei mais ser, sem deixar morrer a mim mesma na cruz predestinada por Ti.
Amado, compassivo Senhor, me livra de mim mesma!''
ORAÇÃO PURITANA
''Quando queres guiar-me, controlo a mim mesmo,
Quando queres ser soberano, governo a mim mesmo,
Quando queres cuidar de mim, sou autossuficiente,
Quando deveria depender da tua provisão, abasteço a mim mesmo,
Quando deveria submeter-me à tua providência, sigo a minha vontade,
Quando deveria estudar, amar, confiar em ti, sirvo a mim mesmo;
Negligencio e corrijo tuas leis conforme as minhas conveniências,
Em lugar da tua quero a aprovação do homem, e sou por natureza um idólatra.
Senhor, meu principal objetivo é voltar meu coração novamente a ti.
Convence-me de que não posso ser meu próprio deus, ou fazer feliz a mim mesmo, nem meu próprio Cristo para restaurar a minha alegria, nem meu próprio Espírito para ensinar, guiar e controlar a mim mesmo.
Ajuda-me a ver que a graça faz isto mediante a aflição providencial, pois quando o meu deus é o meu crédito, tu me humilhas; quando as riquezas são o meu ídolo, tu as dispersas; quando o prazer é o meu tudo, tu te transformas em amargura.
Remove o meu olhar cobiçoso, ouvido curioso, apetite voraz, coração lascivo;
Mostra-me que nenhuma dessas coisas pode curar uma consciência ferida, ou suportar uma estrutura arruinada, ou apoiar um espirito que se afasta.
Leva-me então à cruz e deixa-me nela''.
(Extraído: Benett; A. ''Man a Nothing'', em The Valley of Vision: A Colection of Puritan of & Devotions. Carlisle: The Banner of Truth Trust, 1975, p. 91.)
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